Já é fato que as principais empresas atuantes no Brasil, seja qual for sua área de atuação, não se limitam mais em contratar apenas os profissionais descritos na NR-4, ou no caso das empresas um pouco menores, não esperam atingir o número mínimo de funcionários necessários para a concepção de um SESMT, elas acabam contratando pelo menos um Técnico em Segurança do Trabalho para dar suporte nesse aspecto, antes mesmo que a lei exija. Isso é uma tendência natural de um país em desenvolvimento como o Brasil, setores que antes, para muitos parecia desnecessário, hoje ganham destaque nas principais empresas.
Acredito que o principal fator que tem contribuído para essa tendência de valorização da saúde é o visível aumento do rigor das fiscalizações, principalmente pelo Ministério do Trabalho, impulsionadas pelas publicações de novas normas, como a NR-35, que trata de trabalho em altura, ou a atualização da NR-12, máquinas e equipamentos. Normas essas que estão sendo muito cobradas nos mais variados ramos de atividade e que como consequência, acabam incentivando a cobrança das outras normas, por exemplo, a NR 17 que trata de ergonomia.
Um fato que representa muito bem esse aumento na preocupação com saúde e segurança do trabalho é que empresas como Honda, Samsung, LG, Nokia, entre outras, não abrem mão, por exemplo, de um Fisioterapeuta do Trabalho, que atuando sempre em parceria com o SESMT se tornou um profissional essencial e muito bem aceito pelas empresas, o mesmo tem acontecido, só que uma proporção menor, com psicólogos e dentistas.
Isso tudo é prova de que estamos cada vez mais próximos do SESMT perfeito, mas nossa luta prevencionista continua e não desistiremos fácil.
Diego Pontes Nascimento -
Fisioterapeuta, Técnico de Segurança do Trabalho e Especialista em Ergonomia
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