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sexta-feira, 20 de maio de 2016

Como evitar tragédias com curtos-circuitos como a do Museu da Língua Portuguesa




06/01/2016 - Equipe Target

Os riscos dos curtos-circuitos

Um curto-circuito na hora de trocar uma luminária no segundo andar é a hipótese mais provável para o incêndio que destruiu o Museu da Língua Portuguesa. Como o prédio é muito antigo, tem bastante madeira e material combustível, o fogo se alastrou rapidamente.

No Museu da Língua Portuguesa, em seu primeiro andar, ficavam uma sala para as exposições temporárias, uma sala de aula para 50 pessoas e a administração. No segundo andar, a grande galeria, totens, painéis e três áreas com atividades interativas. O auditório e a Praça da Língua ficavam no terceiro andar.

Para garantir uma instalação elétrica segura e dentro das diretrizes da NBR 5410 de 09/2004 - Instalações elétricas de baixa tensão, que estabelece as condições a que devem satisfazer as instalações elétricas de baixa tensão, a fim de garantir a segurança de pessoas e animais, o funcionamento adequado da instalação e a conservação dos bens, é necessária a utilização de dispositivos de segurança para a proteção dos circuitos da residência, tanto contra choques quanto sobreaquecimento ou surtos de corrente ou tensão.

Quando um circuito elétrico é submetido a uma carga excessiva por um período prolongado de tempo, ocorre um sobreaquecimento dos condutores envolvidos, que pode se propagar inclusive para condutores próximos. Do mesmo modo, um curto-circuito gera um pico de corrente capaz de aquecer os condutores muito mais rapidamente.

Para evitar o desgaste ou mesmo a queima dos condutores da instalação, todo circuito residencial deve ser protegido com um disjuntor termomagnético (DTM), responsável por interromper o funcionamento de circuitos assim que eles apresentarem picos muito altos de corrente ou sinais de sobreaquecimento

A proteção contra curto-circuito se deve a uma bobina instalada nesse tipo de disjuntor. Com a variação brusca da corrente elétrica, característica de uma situação de curto-circuito, há também uma forte variação do campo magnético. Se essa variação for suficiente para mover o núcleo de ferro do disjuntor, haverá interrupção mecânica do circuito.

A proteção contra sobrecarga é possível graças a um segundo mecanismo, composto por um atuador bimetálico. Esse atuador é composto por duas placas metálicas em contato, que se deformam e abrem o circuito caso sofram sobreaquecimento.

A proteção contra o choque elétrico é também indispensável numa instalação que segue as normas da NBR 5410. Para esse fim, é necessário o uso de um interruptor diferencial residual (IDR), capaz de detectar fugas de correntes (também chamadas de faltas), ou seja, diferenças entre a corrente que entra e a corrente que sai do dispositivo. Essa diferença significa que uma parte da corrente que deveria circular pelo circuito foi desviada de sua trajetória e volta para o dispositivo com essa parte faltando. Isso pode ocorrer devido a um choque elétrico ou falhas de isolação.

O ideal é que além do DTM haja também um IDR para cada circuito elétrico do quadro de força. No entanto o custo desse dispositivo é consideravelmente alto e usar vários deles encarece bastante o projeto. Uma solução também prevista em norma é a utilização de um único IDR na proteção geral, que apesar de ser mais barato, conta com a inconveniência de desarmar toda a instalação no caso da detecção de uma falta.

Além da proteção contra excesso e a detecção de falta de corrente, há também dispositivos especializados na detecção de variações bruscas da tensão elétrica. Os picos de tensão podem ocorrer na presença de descargas atmosféricas, durante chuvas muito fortes, e tendem a danificar os dispositivos eletrônicos da residência. Para prevenir a queima desses equipamentos, é aconselhável a instalação de um dispositivo de proteção contra surtos, capaz de limitar as sobretensões e enviar para a terra os surtos de corrente que ocorrem caso uma descarga atmosférica entre em contato com a rede elétrica.

Um único DPS é capaz de proteger toda a instalação elétrica, no entanto, há também a opção de proteção individual dos aparelhos com o uso de estabilizadores de tensão, feitos também para evitar a queima de dispositivos eletrônicos em situações de descarga atmosférica. Já a NBR 13570 de 02/1996 - Instalações elétricas em locais de afluência de público - Requisitos específicos fixa os requisitos específicos exigíveis às instalações elétricas em locais de afluência de público, a fim de garantir o seu funcionamento adequado, a segurança de pessoas e de animais domésticos e a conservação dos bens.

Importante saber identificar um curto-circuito elétrico que, na maioria das vezes, começa com um cheiro de queimado que não se sabe de onde vem. Este é um forte indício de curto-circuito elétrico. Para identificar outros sinais, preste atenção em tomadas com manchas pretas (que podem estar queimadas) ou fios desencapados e com aspecto de velhos. Também dá para perceber que o local está próximo de sofrer um curto-circuito quando as lâmpadas queimam frequentemente em um mesmo ponto ou quando há uma brusca interrupção de energia sem qualquer motivo externo (como tempestades, raios ou apagões).

O curto-circuito é um dos principais causadores de incêndios em instalações elétricas mal construídas ou mal conservadas, que possuem constante movimentação elétrica. Normalmente, os erros de dimensionamento e fios desencapados são os maiores provocadores de curtos-circuitos em ambientes residenciais, comerciais e industriais.

A instalação de fusíveis e de disjuntores em locais com corrente elétrica elevada é uma prática comum para evitar um curto-circuito em casas, apartamentos, lojas e indústrias. Os disjuntores merecem destaque por possuir papel importante na detecção de falhas na corrente elétrica, funcionando basicamente como interruptores automáticos que evitam curtos-circuitos. Os fusíveis, por sua vez, ficam inutilizáveis quando ocorre uma brusca interrupção, e devem ser trocados imediatamente. Um disjuntor pode ser religado automaticamente.

Uma maneira bem simples de evitar um curto-circuito é não sobrecarregar uma tomada. Ligar a televisão, o rádio, o computador, o carregador de um celular e diversos outros aparelhos no mesmo ponto não é uma boa ideia, pois o risco de um curto-circuito aumenta consideravelmente e pode até mesmo danificar os dispositivos.

Uma boa dica é realizar manutenções periódicas de toda a parte elétrica. Técnicos especializados podem identificar com facilidade os pontos sobrecarregados, falhas não perceptíveis, além de toda a fiação, tomadas desgastadas e as melhores soluções para resolver os problemas. Com o tempo os fios acabam se deteriorando também.

Por isso, caso consiga ver algum fio amassado, corroído, ou qualquer alteração que não julgar saudável, saiba que está na hora de serem substituídos. Outro detalhe importante é a temperatura dos fios dos aparelhos. Caso se perceba um aquecimento fora do normal é necessário chamar um especialista para fazer uma análise mais precisa.

Com a grande demanda de aparelhos eletrônicos é normal que não haja tantas tomadas para eles em uma casa. Por isso, muitas pessoas optam pelo famoso T ou benjamim. Porém, saiba que ligar vários aparelhos em um só local pode causar curto-circuito e até um incêndio.

Portanto, o melhor é usar um aparelho de cada vez na tomada. Uma boa opção para este tipo de situação é comprar uma régua com várias tomadas; elas nada mais são que uma extensão da tomada, só que a maioria contém também um fuzível - que desliga a tensão caso haja um pico de energia, evitando que os equipamentos se danifiquem.

O disjuntor é um dispositivo de proteção usado em circuito elétrico. Assim, quando o desarmamento de disjuntores ocorre com frequência na sua casa significa que a instalação elétrica está sobrecarregada. Outro sinal de sobrecarga na rede é a queima de fusíveis com frequência.

FONTE: Equipe Target

4 comentários:

  1. mais uma pro nosso acervo, muito interessante essa matéria !!!

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  2. http://www.abip.org.br/site/wp-content/uploads/2016/01/cartilhafinalizada.pdf

    manual da industria de panificação SESI.

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