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quarta-feira, 29 de junho de 2016

Atualizações de áreas classificadas - NBR IEC 60079-1 de 06/2016 e NBR IEC 60079-10-2 de 06/2016: atmosferas de poeiras explosivas





Áreas com atmosferas e poeiras explosivas

A NBR IEC 60079-1 de 06/2016 - Atmosferas explosivas - Parte 1: Proteção de equipamento por invólucro à prova de explosão “d” contém requisitos específicos para a construção e ensaios de equipamentos elétricos com o tipo de proteção por invólucro à prova de explosão “d”, destinados para utilização em atmosferas explosivas de gás. Esta norma suplementa e modifica os requisitos gerais da NBR IEC 60079-0. Quando um requisito desta norma conflitar com um requisito da NBR IEC 60079-0, os requisitos desta norma prevalecem.

Já a NBR IEC 60079-10-2 de 06/2016 - Atmosferas explosivas - Parte 10-2: Classificação de áreas — Atmosferas de poeiras explosivas está relacionada com a identificação e a classificação de áreas onde atmosferas de poeiras explosivas e camadas de poeiras combustíveis estejam presentes, de forma a permitir uma adequada avaliação das fontes de ignição que possam estar presentes em tais áreas. Nesta norma, as atmosferas de poeiras explosivas e camadas de poeiras combustíveis são tratadas separadamente.

Na Seção 4, é descrita a classificação de áreas para nuvens de poeiras explosivas, com as camadas de poeira atuando como uma das possíveis fontes de liberação. Na Seção 7, são descritas outras considerações gerais sobre camadas de poeiras.

Os exemplos de classificação de áreas apresentados nesta norma são com base em que um sistema efetivo de limpeza tenha sido implantado nas instalações industriais, de forma a evitar o acúmulo de camadas de poeiras combustíveis. Nas plantas e instalações onde um efetivo sistema de limpeza não estiver presente, a classificação de áreas inclui a possível formação de uma atmosfera explosiva decorrente das camadas de poeiras.

Os princípios desta norma podem ser também seguidos quando fibras combustíveis ou materiais particulados puderem causar um risco. Destina-se a ser aplicada quando puder haver o risco devido à presença de atmosferas explosivas de poeiras ou camadas de poeiras combustíveis sob condições atmosféricas normais. As condições atmosféricas incluem variações na pressão e na temperatura acima e abaixo dos níveis de referência de 101,3 kPa (1013 mbar) e 20 °C (293 K), desde que estas variações possuam um efeito desprezível nas propriedades explosivas dos materiais combustíveis.

Esta Norma não é aplicável a: áreas de minas subterrâneas de carvão; poeiras de explosivos que não requeiram o oxigênio da atmosfera para a combustão, como as substâncias pirofóricas, propelentes, pirotécnicos, munições, peróxidos, oxidantes, elementos ou compostos reativos em água ou outros materiais similares; falhas catastróficas que estejam além do conceito de anormalidade abrangidos por esta norma; e a qualquer risco gerado a partir da emissão de gases tóxicos, a partir da poeira. Não se aplica onde o risco pode ser originado devido à presença de gases ou vapores inflamáveis, embora os princípios possam ser utilizados na avaliação de misturas híbridas (ver também NBR IEC 60079-10-1).

invólucro à prova de explosão “d” é o invólucro no qual as partes que podem causar a ignição de uma atmosfera explosiva de gás são confinadas, e que é capaz de suportar a pressão desenvolvida durante uma explosão interna de uma mistura explosiva, e que impede a propagação da explosão para a atmosfera explosiva de gás ao redor do invólucro. O equipamento elétrico com invólucro à prova de explosão “d” deve possuir um dos seguintes níveis de proteção: nível de proteção “da” (EPL “Ma” ou “Ga”); nível de proteção “db” (EPL “Mb” ou “Gb”); ou nível de proteção “dc” (EPL “Gc”).

Os requisitos desta norma devem ser aplicáveis a todos os níveis de proteção, a menos que indicado em contrário. O volume interno livre não pode exceder 20 cm³. Para a proteção por selagem, os invólucros para o nível de proteção “dc” que não atuem como invólucro externo de equipamento devem ser capazes de suportar um manuseio normal e operações de montagem, sem danos aos selos.

Quando o invólucro para o nível de proteção “dc” também atuar como o invólucro externo do equipamento, os requisitos do invólucro indicados na ABNT NBR IEC 60079-0 são aplicáveis. Os requisitos de temperatura de operação contínua (COT) são os selos moldados e compostos encapsulantes devem possuir uma faixa de temperatura de operação contínua (COT - Continuous Operating Temperature) que inclua a temperatura mínima que seja abaixo ou igual à temperatura mínima de serviço e uma máxima temperatura que seja pelo menos 10 K acima da temperatura máxima de serviço.

Os dispositivos devem ser limitados a uma tensão máxima de 690 V ca, eficaz ou cc e 16 A ca eficaz ou cc. Quanto aos ensaios de dispositivos “dc”, para dispositivos envolvendo o nível de proteção “dc”, os componentes devem estar sujeitos ao ensaio de tipo especificado em 15.5.

Após o ensaio, o dispositivo ou componente não pode mostrar sinais visíveis de dano, nenhuma ignição externa deve ocorrer e não pode haver falha para extinguir o arco, quando os contatos de comutação são abertos. As juntas flangeadas somente são permitidas para equipamentos elétricos do Grupo IIC destinados ao uso em atmosferas explosivas contendo acetileno e considerando todas as condições encontradas: interstício i ≤ 0,04 mm; comprimento L ≥ 9,5 mm; e volume ≤ 500 cm³.

As juntas serrilhadas não precisam atender aos requisitos das Tabelas 2 e 3, mas devem ter no mínimo cinco filetes completamente acoplados, um passo maior ou igual a 1,25 mm, e um ângulo de inclinação de 60° (± 5°). As juntas serrilhadas devem ser utilizadas somente em juntas que são fixadas em uma posição durante operação.

Devem atender aos requisitos de ensaio do item 15.3, com o interstício de ensaio, iE, entre os filetes de encaixe como especificado em 15.3, com base no interstício máximo de fabricação do fabricante, iC, e o comprimento de ensaio reduzido para Y/1,5. Se o interstício de fabricação máximo for diferente daquele apresentado nas Tabelas 2 ou 3 para uma junta flangeada de mesmo comprimento (determinado pela multiplicação do passo pelo número de filetes), as “condições de uso” requeridas em 5.1 são aplicadas.

Quanto às poeiras, como definidas na norma, são perigosas porque, quando elas são dispersas no ar por qualquer meio, elas podem formar atmosferas potencialmente explosivas. Além disto, as camadas de poeiras podem causar uma ignição e agir como fontes de ignição de atmosferas explosivas.

Esta parte da NBR IEC 60079 apresenta orientações sobre a identificação e a classificação de áreas onde possa existir o risco devido à presença de poeiras combustíveis. Esta norma especifica os critérios essenciais por meio dos quais os riscos de uma ignição podem ser avaliados e apresenta orientações sobre o projeto e sobre os parâmetros de controle que podem ser utilizados de forma a identificar e reduzir tais riscos de explosão.

Os critérios gerais e especiais são apresentados para o processo de identificação e classificação de áreas. Esta norma contém um Anexo A informativo que apresenta exemplos de classificação de áreas. É recomendado que a classificação de áreas seja executada por pessoal que seja competente e que entenda a relevância e a significância das características das poeiras e pelo pessoal que esteja familiarizado com o processo e com os equipamentos, juntamente com o pessoal das áreas de segurança, mecânica, eletricidade e de outras áreas de engenharia.

FONTE: Equipe Target

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